terça-feira, 22 de março de 2011

Que encruzilhada!


A crise da dívida pública na Europa está a ter reflexos nas praças mundiais. Por exemplo, Wall street fechou a desvalorizar. O câmbio Euro/Dólar também estava a desvalorizar à data da escrita deste post cerca de 0,11% após três dias de valorização constante.


A contribuir de forma determinante para esta incerteza está a situação política do nosso país. Efetivamente, encontramo-nos à beira do precipício. Ora, se amanhã os partidos da oposição vetarem o PEC IV e Sócrates cumprir o que disse teremos eleições antecipadas. Verificando-se esta situação está dada carta branca para o que este blog já determinava como sendo inevitável: a entrada do FMI em Portugal. Isto, porque os mercados reagirão muito mal à crise política e colocarão a taxa a que Portugal se financia a níveis completamente incomportáveis ( na minha opinião já estão nesses níveis há dois meses!!!). Mas a grande questão da ajuda externa é que esta não é sinónimo de taxas de juro mais baixas. Aliás, tendo em conta o que aconteceu na Irlanda e na Grécia as taxas de juro da dívida pública não baixaram e colocaram os países em causa completamente amarrados a decisões externas e numa crise social profunda. E, se o PSD quer eleições antecipadas não quererá de certeza governar sob a batuta de analistas e economistas estrangeiros a dizer o que devem ou não fazer. Então, isto está um espetáculo. Ora vejamos, se o PEC for aprovado existe por parte da oposição uma total submissão à vontade e desvontade de José Sócrates. Se não o for a oposição também sabe que se formar governo este será governado por políticas estrangeiras limitando-se a ser umas marionetas. Que encruzilhada!!!

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