Como se esperava a crise nuclear resultante do terramoto ocorrido no Japão, seguido de um tsunami está a afetar seriamente o comportamento dos mercados mundiais. A bolsa Japonesa viu o indice Nikkei descer 5% na segunda feira prolongando-se também pela terça feira. Neste dia a bolsa nipónica chegou a desvalorizar 11% conseguindo recuperar no final da tarde. Ou seja, em termos puramente especulatórios uma posição curta no domingo em todos os ativos negociados teria sido uma excelente orientação de negócio. Aliás, continuo a considerar esta opção bastante interessante.
Ainda hoje, o Comissário Europeu para a Energia, Guenther Oettinger (personalidade da fotografia), incendiou os mercados ao afirmar no início da tarde que a central nuclear de Fukushima está fora de controlo e que poderia ocorrer uma catástrofe nas horas que se seguiam. Ora, ao dizer isto os mercados entraram em queda acentuada com o indíce industrial de Dow Jones a cair 2,04% e o S&P500 a variar negativamente 1,89% retomando os valores de Dezembro passado. Lá se foi a recuperação que o S&P vinha empreendendo de forma consistente.
Discordo fortemente desta atitudo do Comissariado Europeu deixando no ar a suspeição quanto a manipulação do mercado. Sendo o Inside trading proibido não será esta prática de altas patentes internacionais aparecerem em público com declarações apocalípticas uma forma de influenciar os movimentos dos ativos financeiros. Guenther Oettinger disse o que toda a gente desconfia pois ainda hoje um helicóptero não conseguiu derramar água no reator 4 devido à fortíssima radioatividade que se verificava. No entanto, uma declaração oficial tem sempre um efeito efetivo nos mercados quando comparados com simples desconfianças dos investidores. Quem diz que o próprio comissário não terá investimentos financeiros em que beneficia de descidas acentuadas. Ou mesmo a própria União Europeia não beneficiará de posições curtas em certos Fundos. Mas, o mercado é mesmo assim e teremos que conviver com estas atitudes completamente descabidas de substância e tempo. Enfim, como diria um diácono:
Não havia necessidade
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