segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Então? Vem ou não vem?



A indefinição de Portugal no acesso ajuda à União Europeia e ao FMI para se financiar já começa a ultrapassar o limite do aceitável. Assistimos este fim de semana a um artigo do "Der Spiegel" que noticiava pressões por parte da Sr.ª Merkel e do Sr. Sarkozy no sentido de obrigar Portugal a voluntariamente solicitar ajuda externa. Hoje, o ministro das Finanças Alemão, aparece em público afirmando que a Alemanha não está a pressionar qualquer Estado e que " (...) pedir ou não ajuda ao fundo europeu é uma decisão individual dos Estados da zona Euro."

Mas alguém acredita nisto?

Definitivamente NÃO! Primeiramente acredito que esta pressão já tenha vindo a ser exercida sobre Portugal há muito mais tempo e não apenas neste fim de semana. Segundo, só estamos a adiar o inevitável! Com as taxas de juro a que a dívida pública está a ser colocada cada vez mais hipotecamos o futuro das gerações vindouras com dívidas que detonam o razoável. Portanto, não aguentaremos uma dívida que segue uma escalada impressionante. Não seria interessante recorrermos imediatamente ao FMI e assim conseguirmos financiamentos muito mais interessantes para Portugal. Estaremos todos a ser vítimas da teimosia de um tal José Sócrates que, muito provavelmente terá que dar o braço a torcer, mas entretanto vai afundando Portugal num abismo sem fundo.

Entretanto, assistimos ao desentendimento total em Portugal. Chegámos ao cúmulo de no Banco de Portugal o seu governador, Carlos Costa, dizer que o nosso país não precisa de ajuda nenhuma e que consegue resolver os problemas sozinho e pouco depois a administradora do mesmo organismo, Teodora Cardoso, afirmar que o melhor a fazer é recorrer ao apoio externo. Por favor! Assim é que não vamos a lado algum.

Nunca fui apologista da entrada do FMI mas perante o cenário que se coloca não há muito mais a fazer e quanto mais cedo vier mais cedo resolveremos os nossos problemas. Não adiemos o inevitável. Então? Vem ou não vem? Virá! Não se sabe é quando!

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