Procedeu-se na quarta feira, dia 12 de Dezembro, à emissão de dívida portuguesa em leilão. Foram emitidos 1250 mil milhões de euros e a oferta foi em média 3 vezes superior à oferta. Um grande alívio para o governo que imediatamente apressou-se a afirmar que Portugal não precisa de qualquer ajuda e que emitiu a dívida a um preço muito bom. Muito bom?! Nas condições atuais talvez tenha acontecido o melhor dos cenários possíveis. A dívida a 10 anos foi emitida a um yeald 6,71%, muito abaixo dos 7, 7.20 pontos percentuais que os mercados classificavam no dia anterior. No entanto, este valor encontra-se muitíssimo acima da taxa que foi praticada há um ano atrás de 4.80%. Ora, a taxa a que Portugal se financiou em termos puramente financeiros continua a ser horrível continuando a deixar-nos numa situação bastante periclitante. A saber, que para Portugal suportar de forma sustentável esta taxa terá que crescer economicamente a uma taxa de 5%. Alguém acredita que isto irá acontecer!
Entretanto o ministro das Finanças Teixeira dos Santos anunciou que Portugal continuará a proceder a operações deste tipo. Vamos a ver como correrão. Embora, como já afirmei anteriormente num post acredite que dificilmente escaparemos a uma intervenção bastante contudente do FMI e que as próximas emissões de dívida terão que ser patrocinadas por esta entidade.
Contudo a par desta notícia de grande alívio para os mercados financeiros assistimos a uma valorização fortíssima do euro que num dia passou de 1.2950 para 1.3120. Esta situação permitiu a muitos traders ganhar dinheiro ou como é obvio perder dinheiro. São os meus votos sinceros que tenha ocorrido a todos a primeira situação.
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