O primeiro ministro polaco Radoslaw Sikorski usou este termo bíblico para descrever o que poderá acontecer caso a União Europeia, e em particular a Alemanha, não chegar nas próximas horas a uma solução que permita amenizar e por consequência resolver a crise das dívidas estaduais. Se até agora esta crise das dívidas soberanas afetava países com pouca expressão a nível europeu, eis que chega o momento em que o contágio atinge as grandes economias europeias. A Itália encontra-se já em plena queda do precipício, a Espanha está muito próxima de dar o passo em frente, e até as todas poderosas Alemanha e França estão a ter dificuldades em colocar dívida a taxas de juro aceitáveis. O fim do euro seria inevitável se todas estas potências necessitassem de um resgate financeiro. Para termos uma noção dos valores em causa estima-se que o pedido de um pacote de ajuda por parte da Itália rondaria os 600 mil milhões de euros. Portugal pediu cerca de 72 mil milhões!!! Imaginem agora Alemanha, França e Espanha necessitarem também de apoio financeiro...
E infelizmente este cenário já esteve mais longe. Ao longo do ano fui afirmando neste blog que era necessário uma intervenção imediata por parte dos países da UE para refrear o possível contágio da crise de dívida soberana. No entanto, como os juros da Alemanha e da França não sofriam abanões assistimos a um absoluto laissez faire por parte destes países. E, assim chegámos ao ponto de rutura onde é necessário fazer alguma coisa no imediato ou corremos o risco da moeda única não chegar a 2012. E para isso continuo a pedir aos lideres europeus o que ainda não foi feito: União.
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